domingo, 19 de setembro de 2010

Clássico Palmeiras 0 x 2 São Paulo

  Antes de qualquer análise do jogo propriamente dito, cabe uma critica ao arbitro José Henrique de Carvalho, primeiro pela expulsão de um treinador que à menos que se prove o contrário falava com seu próprio atleta, e depois pelo tempo de paralisação da partida para retirar Luis Felipe Scolari e reiniciar o jogo, criando um clima desnecessário à um jogo por natureza complicado.


  Como bem disse o comentarista Arnaldo Cesar Coelho na transmissão da rede Globo, existem arbitros que parecem gostar de criar problemas, ao invés de tentar resolvê-los.

  Falando do jogo em si, o quadro ao lado mostra como Palmeiras e São Paulo se posicionaram no primeiro tempo já com a saída de Ilsinho, que pouco participou tendo de ser substituído logo nos primeiros minutos, algo que de certa forma ajudou o treinador do São Paulo Sérgio Baresi à obter sucesso no seu plano para este jogo: Marcar o Palmeiras com uma intensidade incrível e tentar a vitória em lances de contra-ataque utilizando a velocidade de Lucas e o poder aéreo de Fernandão.

  Pelo lado Palmeirense, a escalação de Scolari, parece ter sido a melhor dentro de suas possibilidades, sem Marcos, Kléber, e Edinho, Felipão montou sua equipe em um 4-2-3-1, com Marcos Assunção e Pierre como volantes, Valdivia como meia de ligação, e Ewerthon e Marcio Araújo nas “pontas” direita e esquerda respectivamente. No comando de ataque, a opção do técnico gaúcho foi pelo centro avante Tadeu.

  Em teoria, a idéia de Felipão foi das mais correta e inteligente, aproveitar o teorico espaço nas pontas cedido pelo São Paulo, caso o tradicional esquema com três zagueiros voltasse à equipe do Morumbi,no entanto Big Phill não contava com uma estratégia tão “precavida” como a que seu colega de profissão adotou para este clássico pricipalmente após a perda de Ilsinho.

  Após a saída do lateral ofensivo, Baresi recuou o volante Jean para a ala direita,e ainda efetuou a troca de posições entre Richarlyson e Jorge Wagner, com o último passando a atuar pelo meio como volante ao lado de Casemiro. Com este reposicionamento os flancos de campo, objeto de desejo do Palmeiras, foram simplesmente trancados, e com a tendência de Marcio Araujo( este por ser destro) e Ewerthon (mais tarde Tinga) em fazer diagonais em busca do meio, os espaços que restaram foram para os dois laterais palmeirenses, mas estes não conseguiam levar muito perigo à equipe adversária, pois em caso de avanço a troca de marcação era rapidamente efetuada pela equipe São Paulina pelo setor ameaçado, Fabricio por exemplo o lateral palmeirense que mais buscava a linha de fundo, era acompanhado por Jean, ficando a marcação de Marcio Araújo entregue a Rodrigo Souto, pelo lado oposto muitas vezes isto também ocorria, mas com menor intensidade pela caracteristica de Vítor em centralizar as jogadas.

   Com a marcação forte de Casmiro em Valdivia, o jogo seguiu fechado , cheio de faltas e ruim técnicamente, e na verdade assim foi até o apito final do arbitro, os gols São Paulinos saíram da forma como a equipe tricolor deve ter planejado durante a preparação para o jogo,o primeiro em um lance de bola longa com o desvio de cabeça de Fernandão para Jorge Wagner que por sua vez também pelo alto venceu Vítor e ajeitou para o chute de Lucas, e o segundo utilizando a velocidade de Lucas em um lance de contra-ataque, que entregou para Fernandão decretar a vitória.

  Para quebrar a forte marcação do São Paulo, além do jogo pelos lados, a equipe do Palmeiras necessitava também de algo em falta atualmente no elenco: qualidade técnica, esta apenas foi vista em alguns lances esporádicos de Valdivia, que parece lentamente voltar à forma, mas com a marcação quase individual de Casemiro, e a carência técnica de seus companheiros, este pouco pode fazer.

  Tadeu, por exemplo deu mostras de como não pode nunca ser envolvido em qualquer tipo de construção de jogo,(alguns questionam se ele poderia até mesmo estar envolvido na construção do elenco....) pela sua clara deficiência técnica, os lances que contavam com sua participação quase sempre acabavam com a bola sendo “devolvida” ao São Paulo, salientando sempre que o esquema como pivot segurando a bola para quem vem de trás também não ajuda muito no desempenho do finalizador.

  No geral uma partida tecnicamente terrível, marcada pela falta de qualidade nos dois lados, vencida pela equipe que conseguiu colocar em prática o seu plano de partida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário